Ciência, gestão e amor pela terra: o olhar do engenheiro agrônomo que lidera o campo na Unidade Paulicéia

No dia 12 de outubro é celebrado o Dia do Engenheiro Agrônomo, profissional responsável por transformar conhecimento em produtividade e sustentabilidade. Na Usina Caeté – Unidade Paulicéia, esse papel é representado pelo engenheiro agrônomo Caio Ramajo, gerente agrícola da Unidade, cuja trajetória é marcada por dedicação, aprendizado contínuo e paixão pela agricultura.
O interesse pela área surgiu ainda na adolescência, durante o curso técnico em agropecuária. “Sempre admirei meus professores e alguns conhecidos que já atuavam como engenheiros agrônomos. Desde então, esse passou a ser meu objetivo profissional”, relembra.
Mas o caminho até o diploma exigiu persistência. Por limitações financeiras, Caio iniciou primeiro a graduação em Ciências Biológicas, já direcionando o olhar à Agronomia. “Após concluir Biologia e alcançar melhores condições, pude finalmente realizar o sonho de cursar Agronomia”, conta.
Uma jornada de aprendizado e oportunidades
A trajetória profissional de Caio Ramajo começou em 2008, quando ingressou no Grupo Carlos Lyra por meio de uma iniciativa voltada a jovens recém-formados de escolas agrícolas. “Comecei na área de colheita mecanizada e, com o tempo, passei por diversos setores – preparo de solo, tratos culturais, desenvolvimento e planejamento agronômico. Foi uma jornada de muito aprendizado.”
Com o passar dos anos, ele assumiu diferentes funções de liderança – assistente, técnico agrícola, coordenador, supervisor – até alcançar a posição de gerente Agrícola. “Foi um privilégio chegar à gerência aqui na Unidade Paulicéia. Cada etapa contribuiu para construir minha visão de gestão e o compromisso com o desenvolvimento das pessoas.”
O campo como ponto de partida
Caio Ramajo destaca que o sucesso de toda a cadeia produtiva começa na lavoura. “A área agrícola é essencial, porque a produção do açúcar inicia no campo. A qualidade, o fluxo e o volume da matéria-prima entregues à usina impactam diretamente o resultado industrial”, explica.
O dia a dia na gerência é intenso e dinâmico. “Logo cedo, analisamos resultados operacionais — moagem, área adubada, produtividade — e seguimos com reuniões, visitas a campo e análises de dados. O gestor precisa ser equilibrado, pois muitas das decisões que tomamos impactam a vida de várias pessoas.”
Desafios e planejamento
Entre os desafios diários, o clima é o mais imprevisível. “É a variável mais importante e mais difícil de controlar. A agricultura depende do clima em todas as fases: preparo, plantio e moagem. Uma seca prolongada pode comprometer operações inteiras, por isso trabalhamos com planejamento e disciplina para mitigar riscos”, explica.
As decisões estratégicas, segundo ele, envolvem o manejo de adubação, colheita e inovação operacional. “Damos autonomia à supervisão para propor soluções que reduzam custos e aumentem a eficiência. Todas as ideias são discutidas de forma colaborativa — isso cria um ambiente de confiança e crescimento coletivo.”
Tecnologia que transforma o campo
A tecnologia é uma grande aliada no dia a dia da Unidade Paulicéia. Todas as operações utilizam GPS e piloto automático, reduzindo o pisoteio e aumentando a precisão. O uso de drones ajuda na aplicação eficiente de defensivos e no monitoramento de áreas. “Além disso, contamos com softwares que auxiliam no controle de pragas, doenças e manejo de colheita. Essas ferramentas alimentam nossas plataformas e fortalecem a gestão agrícola”, detalha.
A mecanização e a automação, segundo ele, transformaram profundamente o trabalho do agrônomo. “Antes, os controles eram feitos manualmente. Hoje, computadores de bordo analisam tudo em tempo real. Isso trouxe eficiência, rastreabilidade e precisão. O agrônomo moderno precisa ser analista, saber interpretar grandes volumes de dados e dominar tecnologia.”
Sustentabilidade no DNA
Para Caio, a sustentabilidade é um compromisso diário. “A Usina Caeté realiza o uso consciente da vinhaça como fertilizante e mantém um pátio de compostagem moderno. Toda aplicação de defensivos é feita com receituário agronômico, sob responsabilidade do engenheiro agrônomo. Isso garante segurança, rastreabilidade e respeito ao meio ambiente.” Essas práticas reafirmam a busca constante da Usina Caeté por uma produção cada vez mais sustentável e eficiente.
Liderar é inspirar
A frente da gerência agrícola, Caio Ramajo enxerga a liderança como um exercício de empatia e escuta. “Liderar no campo é inspirar e valorizar pessoas. É preciso ouvir a equipe, que tem um conhecimento prático imenso. Nosso papel é treinar, capacitar e dar segurança para que cada colaborador desempenhe o melhor de si.”
Ele acredita que o verdadeiro sucesso está em construir uma equipe que se orgulha do que faz. “Uma equipe bem orientada e valorizada é o maior patrimônio de qualquer gestor”, resume.
O futuro da agronomia
O gerente agrícola vê um futuro promissor e altamente tecnológico. “A agricultura de precisão deve avançar muito, e com o apoio da inteligência artificial será ainda mais eficiente. O agrônomo do futuro será cada vez mais analítico, mas sem perder o vínculo com a terra.”
Aos jovens que iniciam na profissão, ele deixa um conselho direto: “Sejam curiosos e não tenham medo de sujar as botas. A faculdade é a base, mas é no campo que o aprendizado acontece. E, acima de tudo, sejam humildes para aprender.”
“Ser engenheiro agrônomo é unir ciência, gestão e amor pela terra.”
— Caio Ramajo, Gerente Agrícola da Usina Caeté – Unidade Paulicéia