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SEAGRI destaca trabalho desenvolvido por colaboradoras da Usina Caeté

SEAGRI destaca trabalho desenvolvido por colaboradoras da Usina Caeté

Daniela Rosendo e Marciana Maria dos Santos desempenham  suas atividades na usina Caeté.

Texto de Pollyana Almeida

*Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura

Cada vez mais, as mulheres que antes eram vistas apenas como ajudantes no meio rural, hoje são protagonistas. Mães, trabalhadoras do campo, têm se destacado nas atividades relacionadas ao agronegócio e agricultura. Elas vêm mostrando que sua força e determinação também devem ser levadas em consideração.

Daniela Rosendo da Silva, 37 anos, é um exemplo de superação. Mãe de duas meninas, ela é operadora de empilhadeira há mais de uma década, na usina Caeté, em São Miguel dos Campos, Alagoas.

Segundo Daniela, conciliar o papel de mãe com a rotina de trabalho não é tarefa fácil, mas vale a pena o esforço. “Sempre me chamou a atenção ver aquelas pessoas dirigindo empilhadeiras. Sempre achei muito bonito esse manuseio com a máquina, o que me despertou para trabalhar nessa função. No início fiquei com muito medo; achava que não fosse capaz de encarar. No entanto, pedi que Deus me ajudasse e desse aos rapazes um pouco de paciência, pois não era comum uma mulher desenvolver aquela atividade. Logo me tornei a primeira operadora de empilhadeira da usina Caeté. Tenho muito orgulho de ter chegado aonde cheguei, e posso dizer que conquistei o meu espaço. Minhas filhas me deram total apoio nessa jornada”.

Na mesma usina encontramos Marciana Maria dos Santos desempenhando a função de soldadora, há nove anos. Mãe de três filhos, acorda cedo, arruma o mais novo e o leva pra escola. Só depois segue para a rotina de trabalho na usina.

“Sempre gostei da profissão de soldadora. Só precisava de uma oportunidade, e ela veio no tempo certo. Fiz o curso e, assim que terminei, comecei a estagiar na Caeté. Meus filhos reagiram dizendo: Mãe, isso é coisa de homem! Mas, depois, começaram a entender minha profissão e, hoje, passaram a sentir muito orgulho”, diz Marciana.

Assim como as mães Daniela Rosendo e Marciana Maria dos Santos, existem outras que representam os versos da música “Maria, Maria”, do cantor e compositor, Milton Nascimento.

“Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre… Quem traz no corpo a marca, possui a estranha mania de ter fé na vida”.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 15 milhões de mulheres vivem na área rural, o que representa 47,5% da população brasileira residente no campo.

Entre as mais de 11 milhões de mulheres com mais de 15 anos de idade que vivem na área rural, aproximadamente 50,3% são economicamente ativas. Na agricultura, elas protagonizam muitas histórias e ocupam espaços que antes eram executados apenas por homens.

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