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Alunos do JAA homenageiam professora na Usina Caeté

Alunos do JAA homenageiam professora na Usina Caeté

Por: Álvaro Müller – Ascom Senar AL

Abraçaço: professora Rita recebe carinho dos estudantes

Foram dois meses e meio de convivência e a construção de conhecimentos e laços afetivos para a vida inteira. A despedida, portanto, não poderia ser diferente. Na última terça-feira, 21, estudantes do curso de Eletricista Rural, da Usina Caeté, município de São Miguel dos Campos, celebraram o encerramento dos módulos de competências básicas com homenagens à professora Rita de Cássia de Lima Gouvea. Discursos, lágrimas e um abraço coletivo deram o tom de uma manhã repleta de gratidão e reconhecimento.

O curso é um dos ofertados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – por meio do Programa Jovem Agricultor Aprendiz. Cerca de 700 pessoas já foram capacitadas no Estado, desde 2012. Nesta turma da Usina Caeté, a professora Rita de Cássia lecionou os módulos de Comunicação, Matemática, Cidadania, Qualidade de vida, Competência Interpessoal, Princípios da Qualidade e Gestão Empreendedora. Agora, os 21 estudantes seguem até o mês de setembro, tendo aulas de informática e conhecimentos específicos.

“Cada passo da nossa caminhada nos levou a este ponto em que derramamos lágrimas, não por estarmos tristes, mas por termos vivido momentos tão felizes que sentiremos falta. As lágrimas são de desejo de quero mais, porque a professora não estará com a gente. Não vamos mais tê-la, mas vamos senti-la em nosso coração”, afirmou o aluno Ismael Santos Ferreira, 19 anos.

Despedida da professora foi marcada por muita emoção

A história de vida da professora também serve de inspiração para os estudantes. “A menina que queria uma boneca, mas não pôde ter; a adolescente que comia broa com água; a mãe que teve filho, mas não teve filhas e trata as suas alunas como se fossem; a guerreira que enfrenta o mundo de cabeça erguida e sorriso na cara é uma vencedora e nos ensinou que o mundo nos devolve o que somos”, disse Ismael.

Rita de Cássia retribuiu o carinho dos estudantes. “Neste período, fui muito amada e acredito que a gente exala o que recebe. Vocês são especiais, únicos, fazem parte da minha vida. Por meio do Senar, eu consigo realizar minha missão de fazer as pessoas felizes”, comentou.

“Gosto de formar essas turmas, esses jovens, na flor da idade, com esse brilho no olhar. É tão lindo ver vocês entrando na sala de aula! Muito obrigado por tudo, cada palavra, cada gesto eu guardo dentro do meu coração. Amo vocês e lembrem-se da sua capacidade de fazer o que quiserem. Nunca acreditem nas pessoas que dizem que vocês não podem. Vocês podem tudo”, ressaltou Rita.

Pedro Antônio Correia da Silva, 19, sabe bem que os sonhos são possíveis. Recém-aprovado no vestibular para Engenharia Elétrica, o jovem reconheceu o quanto o incentivo da professora Rita de Cássia foi importante. “Ela sempre cobrou bastante da turma e mostrou que nós somos capazes de fazer tudo. Lembro de uma dinâmica em que a gente tinha que desenhar com os pés, todo mundo disse que não conseguiria, mas ela insistiu e nós fizemos”, rememorou.

Segundo Pedro, a professora Rita é como uma mãe. “Quando estávamos mal, para baixo, ela perguntava o que a gente tinha, o que precisava, se era problema em casa. Eu acho que isso é uma forma de amor, pois muitas vezes não temos alguém que se importe tanto com a gente como ela sempre se importou, desde o primeiro dia em que entrou aqui”, reconheceu.

“Agradeço à professora Rita pelo trabalho maravilhoso que faz nos momentos em que está conosco. Trabalhamos com aprendizagem há dez anos na Usina Caeté e isso nos deixa muito felizes, pois, além de cumprir as leis, estamos formando jovens. Que esses estudantes aproveitem tudo o que viveram, pois isso vai contribuir significativamente na vida profissional deles”, ressaltou a gerente de Gestão de Pessoas da Usina Caeté, Marta Santos.

A Caeté já qualificou 206 jovens e, hoje, cerca de 26% desses ex-aprendizes são funcionários da empresa. “O percentual poderia ser maior, mas alguns passaram em concurso público, tiveram outras oportunidades ou foram morar em outro local. Portanto, o programa é maravilhoso, tanto para esses alunos quanto para nós, que ganhamos a possibilidade de ter jovens mais preparados fazendo parte dos seus quadros”, avaliou Marta.

Fonte: www.cnabrasil.org.br/

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